Quadro supostamente comprado por Lady Gaga vira caso do FBI

A artista norte-americana Emma Webster foi vítima de um golpe ao acreditar que havia vendido uma de suas pinturas para Lady Gaga. Em 2022, Emma recebeu um e-mail assinado por “Stefani Germanotta”, o nome real da cantora, elogiando seu trabalho e pedindo um quadro para integrar uma suposta coleção de artistas mulheres.
Convencida de que falava com a artista pop, Emma negociou a venda da pintura “Happy Valley”, uma cena pastoral multicolorida de cerca de 2×3 metros, pelo valor de 55 mil dólares. Para confirmar a identidade, a pessoa que se passou por Gaga chegou a enviar uma selfie da cantora. O quadro foi enviado e recebido.
A fraude só veio à tona em 2024, quando o pai de Emma descobriu que a obra estava em leilão. A artista entrou em contato com o empresário de Lady Gaga, Bobby Campbell, que confirmou que a cantora não havia comprado o quadro:
— Ela não tem esse e-mail, nem temos um gerente da casa chamado Chris. Sinto muito que você tenha sido vítima desse golpe — escreveu ele.
Próximos passos
Após descobrir o golpe, Emma iniciou uma batalha legal para tentar reaver a pintura. O advogado da artista, Thaddeus Stauber, confirmou recentemente que o FBI assumiu a investigação do caso, que envolve uso de identidade falsa, fraude contratual e revenda irregular da obra. O caso segue em investigação pelas autoridades norte-americanas.
Emma também denunciou publicamente o nome de John Wolf como envolvido no esquema e apelou à casa de leilões Christie’s para que devolva a pintura:
— Sim, a obra foi roubada. O contrato de venda nunca foi real.
Em uma publicação nas redes sociais, a artista fez um alerta para outros jovens profissionais do meio artístico:
— Caí num golpe. Cometi um erro, mas espero que, ao compartilhar isso, possamos expor esquemas injustos que miram artistas iniciantes — afirma Emma.
Quem é Emma Webster
Webster é uma pintora britânico-americana nascida em 1989, que vive e trabalha em Los Angeles, nos Estados Unidos. Formada em M.F.A. Painting pela Universidade Yale (2018) e em B.A. Art Practice pela Universidade de Stanford (2011), Emma desenvolve paisagens ficcionais a partir de estudos de cenografia e modelos criados com tecnologia de realidade virtual.
Sua obra já foi destaque em veículos como The New York Times, The New Yorker, ARTnews e Los Angeles Times, além de ter sido capa da coletânea de poemas Midwood, de Jana Prikryl. Entre os reconhecimentos que recebeu, estão o Jericho Fellowship, na Itália (2022), e uma residência artística no Palais Garnier, da Ópera Nacional de Paris, em 2025.





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