Ritual – 2025: uma tentativa frustrada de terror com Al Pacino

Al Pacino, no papel do veterano padre Theophilus, não consegue resgatar a produção da mediocridade
Uma tentativa de explorar o tema do exorcismo com uma abordagem diferente. Créditos: Divulgação/Paris Filmes.

Baseado em uma história real, “Ritual – 2025” segue dois padres em momentos de crise pessoal. Enquanto um questiona a fé, o outro enfrenta um passado turbulento. No entanto, quando uma jovem é possuída por um demônio, ambos devem deixar suas diferenças de lado para salvá-la. A história prometia ser uma nova abordagem ao gênero de terror, mas acabou decepcionando críticos e público.

O diretor David Midell optou por um estilo documental para narrar a história de Emma Schmidt, cujo caso de possessão foi icônico nos EUA. Embora essa abordagem traga uma perspectiva interessante, ela falha em capturar o suspense esperado em filmes de exorcismo, resultando em uma narrativa que se desvia do terror tradicional.

Os conflitos internos dos personagens são apresentados de forma mais contida. Crédito: Divulgação/Paris Filmes.

Al Pacino, no papel do veterano padre Theophilus, não consegue resgatar a produção da mediocridade. Seu personagem, exausto e carregando a culpa de um exorcismo anterior mal sucedido, carece do vigor necessário para se conectar com o público. Dan Stevens, como o jovem padre Steiger, apresenta uma fé combalida, mas sua performance é obscurecida por uma trama que não explora totalmente suas crises internas.

Embora “Ritual” tente inovar ao evitar o uso excessivo de jump scares (cenas de susto), essa escolha resulta em um filme de terror sem o impacto desejado. A ausência de tensão e a tentativa de focar no drama pessoal e na fé dos personagens não são suficientes para criar uma experiência memorável.

Dois padres enfrentando momentos difíceis em uma história de possessão. Crédito: Divulgação/Paris Filmes.

O contraste entre a fé de Steiger e Theophilus é o ponto central do longa, mas a execução deixa a desejar. Os conflitos são apresentados de forma superficial, e as interações com os outros personagens, como a irmã Rose, não conseguem adicionar profundidade à narrativa.

O filme aposta em um estilo mais realista para contar sua história de terror. Crédito: Divulgação/Paris Filmes.

“Ritual – 2025” se propôs a ser uma reinvenção do gênero ao focar em dramas pessoais e abordagens realistas. No entanto, a falta de emoção e a execução pálida resultam em um filme que não atinge seu potencial. Apesar da presença de Al Pacino, a produção infelizmente se afasta da intensidade esperada em histórias de exorcismo, tornando-se uma experiência esquecível para os fãs de horror.

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