Sonhos de Trem: crítica do filme indicado ao Globo de Ouro e disponível na Netflix

“Sonhos de Trem” surge como um drama que combina poesia visual e memória emocional ao narrar a vida de Robert Grainier. Além disso, o filme já está disponível na Netflix e recebeu indicação ao Globo de Ouro para Joel Edgerton, na categoria de Melhor Ator, fato que reforça seu alcance crítico. O longa acompanha décadas de mudanças que moldam o personagem e o país.
Entretanto, a direção de Clint Bentley adota um ritmo contemplativo que transforma cada cena em observação paciente. Com isso, pequenos gestos e pausas ganham profundidade. Segundo reportagem da Variety (2025), Bentley busca preservar o tom literário da obra original de Denis Johnson sem perder fluidez. Ainda assim, o filme mantém proximidade com o público por meio da emotividade contida.
Sonhos de Trem e o olhar humano sobre um século em mudança
Por outro lado, “Sonhos de Trem” também comenta a transformação do território e das pessoas. Frequentemente, trilhos, pontes e ruídos de máquinas cercam Grainier, criando contraste entre progresso e solidão. Além disso, os encontros com personagens como Art Peeples e Claire ampliam o retrato social da época e revelam nuances afetivas.
Contudo, o filme evita tornar o protagonista um símbolo heroico. Pelo contrário, ele o apresenta como testemunha silenciosa de fenômenos históricos. Conforme destacou o The Hollywood Reporter (2025), o diretor mantém áreas de mistério para permitir que o público interprete lacunas emocionais. Assim, a dor de Grainier ganha sutileza e universalidade.
Por fim, “Sonhos de Trem” se estabelece como experiência íntima e duradoura. Embora retrate um período distante, o longa ecoa questões atuais, como pertencimento e memória. E, com a indicação ao Globo de Ouro, reforça sua relevância artística ao alcançar espaço entre os dramas mais comentados do ano.
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