Se Eu Tivesse Pernas Te Chutaria: crítica revela por que o filme divide opiniões

Uma análise direta sobre o impacto, os exageros e as escolhas narrativas do drama
Cena de “Se Eu Tivesse Pernas Te Chutaria”, marcado por tensão constante e estética claustrofóbica. Crédito: 12a/Divulgação

“Se Eu Tivesse Pernas Te Chutaria” chega como mais uma aposta ousada da A24, mas o resultado pode soar arrastado e excessivamente utópico. Desde o início, o filme tenta construir tensão emocional sobre a rotina de uma mãe à beira do colapso, porém a narrativa prolongada torna a experiência cansativa. Ainda assim, a proposta busca discutir saúde mental sem suavidades.


Transições emocionais e escolhas que tornam o filme irregular


Entretanto, o longa se apoia fortemente na performance da protagonista, cuja entrega intensa sustenta cenas de forte desconforto. Além disso, momentos de humor surgem como pequenas quebras, mas não impedem que o enredo permaneça pesado e repetitivo. Conforme a história avança, a estética claustrofóbica continua sendo usada para acentuar a instabilidade emocional da personagem. Apesar disso, a direção aposta em incômodos constantes, o que pode afastar parte do público. “O filme foi aclamado em 2025, rendendo uma indicação ao Globo de Ouro, destacando a atuação excepcional de Rose Byrne.”


Por outro lado, a construção simbólica do filme tenta mostrar o colapso familiar como reflexo de um sistema falho. No entanto, essa abordagem, ainda que relevante, acaba exagerada por metáforas que soam distantes da realidade. Como consequência, a sensação de utopia forçada surge, especialmente nas cenas que tratam da deterioração da casa e da vida pessoal da protagonista. Embora a intenção seja provocar, a insistência em cenas prolongadas torna o ritmo fatigante.


Assim, “Se Eu Tivesse Pernas Te Chutaria” entrega uma experiência que pode ser vista como necessária para discutir exaustão materna, porém, seu formato intenso nem sempre sustenta a proposta. Mesmo que a atuação seja impressionante, a narrativa parece esticada além do essencial. Portanto, o filme tem impacto, mas também limita seus próprios alcances. De acordo com análises do Festival do Rio 2025, a obra foi recebida com admiração técnica e ressalvas sobre fluidez narrativa.  filme “Se Eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria” ainda não está disponível em nenhum serviço no Brasil.

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