Guns N’ Roses: história, discografia e as polêmicas da banda

Banda domina os palcos desde os anos 1980 e segue na ativa, atualmente com a formação quase original
Guns N' Roses
(Foto: Divulgação)

É difícil pensar nos anos 1980 sem que a banda Guns N’ Roses venha à mente. A banda se consagrou como uma das representantes do rock, liderada pela inconfundível voz de Axl Rose e a guitarra marcante de Slash. Mas as polêmicas e as brigas também tem lugar de destaque na história do grupo.

Mesmo assim, não dá para negar que o Guns ainda é uma das maiores bandas dos Estados Unidos. Em outubro, eles retornam a Florianópolis para um show que promete agitar a Arena Opus.

O Guns N’ Roses foi formado em 1986, em Los Angeles, da fusão entre duas bandas locais: L.A. Guns e Hollywood Rose. A formação clássica, com Axl Rose (vocais), Slash (guitarra solo), Duff McKagan (baixo), Izzy Stradlin (guitarra base) e Steven Adler (bateria), rapidamente atraiu atenção com um som cru e energético, uma mistura de hard rock, punk e blues.

Em 1987, o lançamento do álbum “Appetite for Destruction” revolucionou a cena. Com hits como “Welcome to the Jungle”, “Paradise City” e “Sweet Child O’ Mine”, o disco se tornou o mais vendido da história do rock de estreia, com mais de 30 milhões de cópias vendidas.

“Welcome to the Jungle” e “Paradise City” se tornaram singles do top 10, e “Sweet Child o’ Mine” se tornou o único single da banda a alcançar a primeira colocação da Billboard Hot 100.

Sucesso e caos

Os anos seguintes foram marcados por fama, drogas, brigas internas e polêmicas. Em 1988, lançaram o EP “G N’ R Lies”, que trouxe a controversa “One in a Million”, criticada por conteúdo considerado racista, xenofóbico e homofóbico. Nela, Axl canta termos preconceituosos.

Em 1991, o Guns ousou com o lançamento simultâneo de “Use Your Illusion” I e II, que mostrou uma faceta mais experimental da banda. Canções como “November Rain”, “Don’t Cry” e “Civil War” ampliaram a base de fãs, consolidando o grupo como um dos maiores nomes do rock. A turnê mundial para promover os trabalhos foi grandiosa e caótica, marcada por atrasos, cancelamentos e brigas públicas, como o infame “incidente de St. Louis”, em que Axl abandonou o palco e causou revolta.

Declínio, saídas e hiato

A partir de 1993, com o disco de covers “The Spaghetti Incident?”, a banda começou a desmoronar. Slash saiu em 1996, seguido por Duff e os demais membros. Axl manteve os direitos sobre o nome da banda, mas o Guns se tornou praticamente um projeto solo dele.

Após anos de rumores e reclusão, Axl ressurgiu com uma nova formação e, em 2008, lançou “Chinese Democracy”. O álbum, que levou mais de uma década para ser concluído, teve recepção mista.

A volta por cima: reunião, turnês e Brasil no roteiro

O inesperado aconteceu em 2016, quando Slash e Duff McKagan retornaram à banda, encerrando uma das maiores rixas da história do rock. A turnê “Not in This Lifetime… Tour” foi um sucesso monumental, arrecadando mais de 580 milhões de dólares, com shows esgotados ao redor do mundo.

O Brasil, tradicionalmente um dos mercados mais fiéis da banda, foi palco de diversas apresentações icônicas — incluindo a Grande Florianópolis. A cidade recebeu o Guns N’ Roses em 2014, em Jurerê Internacional, e em 2022, no então Hard Rock Florianópolis, hoje Arena Opus, em São José.

Agora, quatorze anos depois, a banda retorna à cidade em sua formação mais celebrada. O reencontro com o público catarinense está marcado para o dia 21 de outubro, na Arena Opus, como parte de uma nova turnê mundial. A expectativa é de casa cheia e um espetáculo recheado de clássicos e surpresas — um momento histórico para os fãs.

Legado e presente

Hoje, o Guns N’ Roses é um dos maiores nomes do rock ainda em atividade. Eles seguem lotando estádios, mantendo presença forte nas plataformas digitais, com Sweet Child O’ Mine ultrapassando 1 bilhão de streams no Spotify, e influenciando novas gerações de músicos.

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