Dazaranha: discografia e história da banda manezinha

Manezinha raiz, a banda é referência de originalidade e identidade
Dazaranha: história e discografia
Misturando ritmos como reggae, ska e rock com letras que retratam o cotidiano, a natureza, o amor e a vida na ilha, o Daza conquistou rapidamente o público (Foto: Tóia Oliveira, Divulgação)

É impossível falar sobre a cena musical de Santa Catarina sem citar o Dazaranha. Formada em Florianópolis no início dos anos 1990, a banda é referência de originalidade e identidade. Com o som característico que mistura rock, reggae, música brasileira e elementos regionais, o Daza — como é carinhosamente chamado pelos fãs — não apenas conquistou os palcos do Sul do país, mas também marcou presença em festivais e rádios de todo o Brasil.

A banda é presença confirmada no Atlântida Celebration, no dia 9 de agosto na Arena Opus, em São José, festival que comemora a história da Atlântida SC e a música brasileira em toda sua pluralidade.

Som que nasceu na Ilha

O Dazaranha surgiu em 1992, formado por amigos músicos da capital catarinense. Desde o começo, a banda chamou atenção por seu diferencial: a presença do violino, tocado por Fernando “Zé” Pereira, que se tornou uma das marcas registradas do grupo. A formação inicial também contava com Adauto (vocal), Moriel Costa (voz e guitarra), Gazu (vocal), Marcos “Mara” (baixo), e Adriano Diga (bateria).

Misturando ritmos como reggae, ska e rock com letras que retratam o cotidiano, a natureza, o amor e a vida na ilha, o Daza conquistou rapidamente o público local.

Álbuns marcantes e sucessos duradouros

Em 1996, o Dazaranha lançou o primeiro álbum, “Seja Bem-Vindo”, que teve grande repercussão em Santa Catarina, especialmente com faixas como Vagabundo Confesso e Rastaman. O disco firmou a identidade da banda e abriu caminho para o crescimento nacional.

Dois anos depois, veio “Tributo à Iemanjá” (1998), que manteve a pegada praiana e espiritualizada da banda, e consolidou sua base de fãs. Mas foi com o álbum “Dazaranha” (2000), com produção mais refinada e músicas como Ô Mané, que o grupo ampliou seu alcance no Brasil, recebendo atenção da mídia nacional.

Outros discos, como “Paralisa” (2004), “Promo 2007”, “Nossa Barulheira” (2012) e “Daza” (2016), trouxeram novas experimentações sonoras e reafirmaram o compromisso da banda com sua essência e seu público.

Identidade manezinha e conexão com o público

Mais do que uma banda, o Dazaranha se tornou parte da cultura de Florianópolis. As letras com expressões locais, a defesa da natureza e do modo de vida da ilha, e a presença constante em festas populares e festivais reforçaram essa ligação. Não à toa, em 2006, a banda foi homenageada com o título de Patrimônio Cultural de Florianópolis, concedido pela Câmara de Vereadores.

A relação com o público sempre foi marcada pela proximidade. O Daza é conhecido por fazer shows vibrantes, cheios de energia e emoção, atraindo fãs de diferentes gerações — muitos deles cresceram ouvindo os hits da banda em rádios locais, eventos estudantis e festas tradicionais.

Gazu, que dividia os vocais principais com Moriel, deixou o grupo em 2016 para seguir carreira solo. Apesar disso, o Daza continuou produzindo, se apresentando e fortalecendo seu repertório, sempre mantendo a essência que os fez referência no Sul do país.

Ouça as maiores músicas do Dazaranha

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