De Hannah Montana a diva pop premiada: a jornada de Miley Cyrus

Antes de se tornar uma das artistas mais ousadas e autênticas da música mundial, Miley Ray Cyrus encantava o mundo como Hannah Montana, a estrela pop fictícia da Disney Channel que vivia uma vida dupla entre os palcos e a escola.

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Hanna Montana

A série, lançada em 2006, foi um sucesso imediato e catapultou a jovem cantora e atriz para o estrelato global. Com apenas 13 anos, Miley já se tornava um fenômeno entre os adolescentes e também nos rankings da Billboard.

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No papel de Hannah, Miley lançou álbuns que misturavam a personagem e sua própria identidade musical, como Hannah Montana 2: Meet Miley Cyrus (2007), que marcou sua transição gradual para uma carreira solo. Ainda nos tempos da Disney, ela lotou arenas com a turnê Best of Both Worlds Tour (2007–2008), um verdadeiro marco cultural da geração Z.

Carreira após o Disney Channel e polêmicas

Mas foi fora da peruca loira que Miley mostrou ao mundo sua força como artista. Em 2008, lançou Breakout, seu primeiro álbum oficialmente fora do universo Hannah, com hits como “7 Things”, que já indicavam sua pegada mais pessoal e confessional. Dois anos depois, com o álbum “Can’t Be Tamed”, ela começou a romper de vez com a imagem da garota Disney, apostando em um visual mais ousado e letras provocativas.

A grande virada veio em 2013 com Bangerz, disco que apresentou uma nova era de Miley ao mundo. Com o megahit “Wrecking Ball”, performances polêmicas e uma estética rebelde, ela quebrou qualquer expectativa que o público ainda tivesse sobre quem ela “deveria” ser. A transformação dividiu opiniões, mas foi também um dos momentos mais emblemáticos da cultura pop na década.

Em 2015, lançou Miley Cyrus & Her Dead Petz, um trabalho experimental e psicodélico, sem grandes pretensões comerciais. Depois, voltou às raízes country com Younger Now (2017), e em 2020, apostou no rock retrô com Plastic Hearts, que recebeu elogios da crítica e teve colaborações com ícones como Joan Jett e Billy Idol.

Endless Summer Vacation (2023) trouxe Miley de volta ao topo das paradas com Flowers, um hino de superação pessoal que venceu o Grammy de Gravação do Ano. A canção refletia o fim de seu casamento com o ator Liam Hemsworth, com quem teve uma longa relação entre idas e vindas, que começou em 2009 nas filmagens do filme A Última Música. Eles se casaram em 2018 e se separaram oficialmente em 2020.

Namoros, sexualidade e casamento

Ao longo dos anos, Miley também teve outros relacionamentos públicos. Namorou o cantor Nick Jonas no início da adolescência, teve um breve envolvimento com Patrick Schwarzenegger, filho de Arnold, e viveu um relacionamento com a influenciadora Kaitlynn Carter logo após o fim de seu casamento. Também namorou o cantor Cody Simpson, com quem ficou durante parte da pandemia.

Em 2025, Miley lançou seu nono álbum de estúdio, Something Beautiful. O disco foi lançado em 30 de maio e chegou acompanhado de um filme visual exibido no Festival de Tribeca.

A produção mistura música, arte, moda e temas como cura emocional e reconstrução pessoal. A cantora afirmou que não fará turnê, pois prioriza sua saúde mental e não se sente confortável em seguir o ritmo exaustivo de apresentações ao vivo. Ela sofre de um problema vocal chamado edema de Reinke e revelou que cantar várias noites seguidas afeta diretamente sua voz e seu bem-estar.

Nova era

Something Beautiful é descrito como uma “pop ópera” inspirada em álbuns conceituais como The Wall, do Pink Floyd. O projeto visual foi lançado em plataformas de streaming e nos cinemas em exibição especial. Miley disse que esse pode ser seu último trabalho no formato tradicional, e que pretende transformar completamente sua forma de criar arte a partir de 2026.

A trajetória de Miley Cyrus é marcada por transformações. De ícone adolescente a artista adulta, ela construiu uma carreira baseada na autenticidade.

Com altos e baixos, crises e reinvenções, Miley mostrou que não precisa se encaixar em padrões para continuar relevante. Ela escolheu fazer arte do seu jeito e isso é o que sustenta sua permanência como uma das figuras mais marcantes da cultura pop dos últimos 20 anos.

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