Decepção em terror: o que não gostei em Together

Assistir a Together (Juntos, em tradução livre) foi uma experiência que não me agradou muito, e já tenho uma opinião bem formada sobre isso. Como fã de terror slasher, tenho uma ideia mais simples do que um bom filme de terror e suas variações devem ser. Para mim, filmes do gênero precisam ser fáceis de entender e envolver o público de forma direta. Infelizmente, Together não consegue fazer isso, criando uma sensação de marasmo e uma narrativa enrolada que dificulta o andamento do longa.
O filme usa o horror corporal (Body Horror) como tema central, mas tudo soa mais como uma piada do que algo assustador. Os efeitos visuais e o CGI de baixa qualidade eliminam qualquer impacto grotesco das cenas. Uma das cenas mais comentadas, no corredor, gera suspense e prende a atenção, mas tudo acaba rapidinho quando eles usam diazepam para aliviar a força de uma entidade.
Outro ponto que observei é a relação do casal principal, que é o grande foco da história. Eles vivem uma crise de codependência e se mudam para o interior da Austrália atrás de uma transformação. Apesar da ideia ser interessante, a execução é fraca, com personagens melancólicos e diálogos superficiais. O filme tenta explorar o horror corporal, mas tudo parece mais uma produção de comédia trash do que um terror de verdade, o que decepciona quem busca sustos reais.
No final, toda a tentativa de inovar é válida, e as opiniões variam muito. Respeito quem gostou mais ou menos, e quem quiser assistir, a estreia no Brasil é na semana que vem, dia 14 de agosto. Fica o convite para quem estiver curioso tirar suas próprias conclusões. Afinal, cinema é algo muito pessoal, e cada um tem seu gosto.
Qualquer semelhança com “A Substância” é mera coincidência. Quando o filme começou a ser produzido, Together já estava em andamento.
