Ludmilla lança “Fragmentos” e reinventa o R&B com identidade brasileira

O sexto álbum de estúdio da artista chegou às plataformas digitais na noite desta quinta-feira (6)
Ludmilla - Fragmentos (Foto: Divulgação)

Com o lançamento de “Fragmentos”, Ludmilla inaugura uma fase ousada e sofisticada na carreira. O sexto álbum de estúdio da artista chegou às plataformas digitais nesta quinta-feira (6), trazendo uma proposta sonora que une o R&B contemporâneo a ritmos brasileiros como funk carioca, samba, pagode e ijexá.  

Durante o processo de criação, que se estendeu por mais de um ano e meio, Ludmilla gravou em estúdios no Brasil e nos Estados Unidos. Entre eles, destaca-se o icônico Westlake Studios, conhecido por abrigar gravações de álbuns históricos como “Thriller”, de Michael Jackson, e “Cowboy Carter”, de Beyoncé. Nesse ambiente, a cantora colaborou com produtores renomados do universo R&B, incluindo London on the Track, Los Hendrix, Max Gousse e Poo Bear. 

Desde o álbum de estreia “Hoje” de 2014, já era possível identificar influências do Rhythm and Blues. Contudo, em “Fragmentos”, essa conexão se torna central. A escolha por investir em um gênero ainda pouco explorado no Brasil demonstra coragem e visão artística, semelhante ao impacto causado por “Numanice” no cenário do pagode. 

“Esse álbum pode ser descrito como um registro de momentos diversos da minha vida e das pessoas que cruzaram meu caminho, onde cada faixa captura fragmentos de emoção, memória e identidade. É uma colcha de memórias, emoções e identidade, costurada de forma que cada música reflete um momento, uma sensação, uma conquista ou uma superação que me transformou.”, explica a cantora. 

Além disso, o álbum apresenta colaborações nacionais e internacionais que reforçam a força feminina presente no projeto. Luísa Sonza, Duquesa, AJULIACOSTA, Victória Monét, Latto e Muni Long participam das faixas, enquanto Veigh aparece como o único convidado masculino. Em “Tudo Igual”, Muni Long canta em português, evidenciando a proposta de intercâmbio cultural. 

Estética visual: 

A estética visual e a capa retrata Ludmilla cercada por troféus e segurando uma máquina de solda, da qual faíscas emergem do peito — metáfora para o processo de unir vivências e emoções em uma obra única. Segundo o diretor criativo Gabe Lima, cada música foi ambientada como uma fase de um jogo, revelando desafios, vulnerabilidades e triunfos. 

“Criamos um universo próprio para o álbum, ambientando cada música em fases e desafios. Um grande embate entre vulnerabilidade e triunfo, onde ela encontra espaço para reviver, amar e recomeçar. Queríamos que o público enxergasse não só o brilho, mas também as dores que existem por trás dele”, explica Gabe Lima, diretor criativo. 

Além disso, a direção criativa do projeto mescla elementos do universo real e do imaginário, transformando cada visual em uma extensão da narrativa musical. Dito isso, Ludmilla participou ativamente de todo o processo, colaborando com Gabe Lima e a equipe do estúdio Puritana, idealizando sets e atmosferas que traduzem o poder de se reinventar, a superação e a pluralidade de sua trajetória.

“Aprendi muito nesse processo. A Lud estava completamente entregue à proposta — criando junto, propondo ideias e vibrando a cada etapa. Construímos esse universo de forma literal, dentro de um galpão imenso, com sets longos e um ritmo desafiador. Todos estávamos na mesma sintonia, felizes com o que estávamos criando”, finaliza Gabe. 

Atualmente, a cantora é reconhecida como a maior cantora negra da América Latina e acumula mais de 15 bilhões de streams e figura entre as seis mulheres negras mais ouvidas no mundo. Ao longo de 15 faixas, o novo trabalho percorre temas como amor, desejo, superação e poder pessoal, refletindo experiências que moldaram a trajetória da artista. 

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