O que está por trás da febre de remakes e sequências no cinema e na TV

Hoje em dia, parece que tudo está passando por uma reinvenção, né? Reboots, remakes, sequências… Você já reparou como isso virou uma verdadeira febre? A indústria do entretenimento está cada vez mais apostando nesse movimento por vários motivos.
Um dos principais é que esses projetos já vêm com uma base de fãs garantida, o que reduz bastante os riscos de fracasso. Além disso, a nostalgia callback forte é uma estratégia matadora: quem não gosta de revisitar aquele filme, novela ou série que marcou época?
É o caso de remakes de novelas como “Pantanal” (2022), que foi o maior sucesso, ao contrário de “Vale Tudo” (2025), que é sucesso de audiência, mas que pena na aceitação pública, e recebe muitas críticas nas redes sociais.
Outro ponto importante é que o mundo dos streamings deu espaço para esse tipo de conteúdo. Agora, é mais fácil do que nunca lançar spinoffs, filmes e séries baseadas em títulos conhecidos, porque a plataforma permite que esses produtos fiquem disponíveis por muito mais tempo. É como se, em vez de lançar na TV tradicional e torcer para que viralizem na estreia, os estúdios possam testar esses projetos aos poucos, dando tempo para conquistar seu público. Mas nem sempre funciona, né? Teve remake de “Twisters” que não fez tanto sucesso, e filmes como “O Corvo” também tiveram uma recepção morna.
Sequências no cinema





Uma aposta perigosa
O curioso é que essa busca por garantir sucesso muitas vezes vira uma aposta perigosa. Os exemplos recentes mostram que nem sempre repetir uma história funciona bem. Reboots de “Gossip Girl” e “Halloween” tiveram respostas mistas, com fãs insatisfeitos ou até cansados de tantas versões.
E não é só na televisão ou no cinema; até marcas famosas relançaram produtos clássicos, como o chocolate Surpresa, tentando aproveitar a nostalgia do público mais adulto ou até mesmo das novas gerações.
Por que essa tendência está tão forte? Acho que tem a ver com a nossa relação com o passado. A nostalgia vende, e muito!
Seja um filme, uma roupa, uma música ou até um sabor de chocolate, a pessoa gosta de se sentir conectada com uma época que foi especial, mesmo que ela nunca tenha vivido intensamente aquilo. Isso explica por que vemos tanta coisa sendo reaproveitada — de séries até produtos culture originals — tudo para explorar esse sentimento de familiaridade e segurança, mesmo que o resultado nem sempre seja um sucesso de bilheteria ou crítica.

No fundo, os reboots e remakes refletem uma tentativa da indústria de economizar tempo e dinheiro, apostando em fórmulas que já funcionaram antes. Mas também revelam um pouco do medo de inovar, de arriscar criando algo totalmente novo.
Então, enquanto alguns resultados agradam e trazem novidades e qualidade, dá pra perceber que estamos em um momento de muitas tentativas, algumas certeiras, outras nem tanto. E, claro, tudo isso influencia o que a gente assiste, gosta e compartilha nas redes sociais. Afinal, nosso entretenimento nunca foi tão dinâmico e cheio de possibilidades!
Recentemente, escrevi bastante sobre esse movimento de reapresentar clássicos e renovar histórias. Por exemplo, o filme “Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda” acaba de ganhar uma continuação vinte anos depois, mostrando como o público ainda tem interesse em reviver seus personagens favoritos. Também falei sobre o live-action de “Como de Treinar Seu Dragão”, que chega quinze anos após o lançamento do filme original, e sobre “Karatê Kid: Lendas”, que traz uma conexão direta com o filme de 1984.
Além disso, temos agora o reboot de “Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado”, que traz uma história de 1998 para o presente. São muitos filmes com nomes conhecidos, que tentam conquistar uma nova geração ou agradar os fãs de sempre.
Agora, só podemos esperar para ver quem chega com tudo na corrida do Oscar, já que, até aqui, as premiações estão levando em conta produções mais alternativas e com histórias “novas”. A expectativa é grande para saber quem vai se destacar nessa mistura de nostalgia e inovação.
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