Paul McCartney morreu e foi substituído? Entenda teoria da conspiração de quase 60 anos

A teoria conhecida como Paul is dead (“Paul está morto”, em tradução literal) é uma das mais duradouras da história da música. Segundo essa lenda, Paul McCartney teria morrido em um acidente de carro em 9 de novembro de 1966 e sido secretamente substituído por um sósia. Mais de cinco décadas depois, o boato continua a gerar curiosidade.
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Origem do boato
O rumor começou a circular em 1967, mas ganhou notoriedade em 1969. A especulação tomou ainda mais força após Russ Gibb, de uma rádio de Detroit, relatar ao vivo uma série de “pistas” supostamente escondidas em músicas e capas dos álbuns dos Beatles.
Diante da repercussão, Paul McCartney precisou interromper suas férias na Escócia para desmentir os rumores em uma entrevista à revista Life.
Supostas evidências
Os defensores da teoria alegam que os próprios Beatles deixaram diversas pistas subliminares ao longo de sua discografia.
Em “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (1967), a capa seria uma espécie de funeral simbólico de Paul, com flores no chão e uma mão pairando sobre sua cabeça, um sinal de morte em algumas culturas.
Já em “Abbey Road” (1969), a imagem dos quatro Beatles atravessando a faixa de pedestres também teria simbologia fúnebre: John Lennon vestido de branco representaria um padre, Ringo Starr, o agente funerário; Paul McCartney, descalço e com a perna direita na frente (ao invés da esquerda), seria o cadáver; e George Harrison, de jeans, o coveiro.
Trechos de músicas também alimentaram essa teoria. Em “Strawberry Fields Forever” (1967), John Lennon aparentemente diz I buried Paul (“Eu enterrei o Paul”), embora mais tarde tenha explicado que o que se ouve é cranberry sauce.
Além dela, em “I’m So Tired” (1968), ao reverter o trecho final da faixa, é possível ouvir John dizendo Paul is dead, man (“Paul está morto, cara”), Miss him, miss him (“Sinto a falta dele, sinto a falta dele”).
O suposto substituto
A teoria sugere que um sósia chamado William Campbell, também conhecido como Billy Shears, teria vencido um concurso secreto para substituir McCartney. Campbell teria passado por cirurgias plásticas e treinado para imitar os trejeitos e a voz do músico.

Apesar de negada pelos próprios Beatles, a teoria Paul is dead inspirou livros, documentários e estudos acadêmicos. Em tom de ironia, McCartney lançou em 1993 o álbum Paul Is Live.
Além disso, em 2009, a revista Time incluiu a teoria na lista das “10 Teorias da Conspiração Mais Duradouras do Mundo”, ao lado de conspirações como o pouso na Lua e o assassinato de John F. Kennedy.
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