Wicked Parte 2 é o blockbuster que o público abraça e os críticos torcem o nariz

O filme chega aos cinemas como um espetáculo visual e emocional que transforma o clássico de Oz em uma jornada épica de amizade, poder e redenção
O elenco estelar de Wicked Parte 2 brilha na tela com Cynthia Erivo e Ariana Grande à frente, prometendo um espetáculo inesquecível. (Foto: Divulgação/Universal Pictures)

Wicked Parte 2” estreou nos cinemas nesta semana e, de cara, cumpre a missão principal: entreter. Além disso, o filme ocupa bem cada minuto. Assim, a sensação é de espetáculo. Portanto, o ingresso vale o que custa.

O longa tem 2h20. Ainda assim, o ritmo é intenso. Nesse sentido, a experiência é como uma montanha-russa. A narrativa sobe e desce o tempo todo. Além disso, há pausas, retomadas e, por fim, o looping emocional que segura o público na poltrona. Nada disso é aleatório. Pelo contrário, tudo é claramente calculado para funcionar no cinema.

Nunca fui fã de musicais na tela grande. Por isso, entrei em “Wicked” da forma mais neutra possível. Eu só tinha visto “O Mágico de Oz”, de 1939. Além disso, não pesquisei detalhes. Não quis saber da história completa. Nem no primeiro filme. Nem agora em Wicked Parte 2. Assim, fui à estreia da Parte 1. Repeti o ritual na Parte 2. Desse modo, a surpresa foi preservada.

Menos música, mais trama: um acerto que amplia o público

A segunda parte tem menos foco musical. Por isso, para mim, isso foi um ponto positivo. A trama flui melhor. Assim, o filme fica mais direto. As músicas entram nos momentos certos. Além disso, elas não travam o ritmo. Isso torna a experiência mais acessível até para quem torce o nariz para o gênero.

O resultado é um filme bem costurado. A história é clara. Os arcos são definidos. Além disso, a montagem segura o interesse. Ao mesmo tempo, o espetáculo visual acompanha tudo isso. Dessa forma, “Wicked Parte 2” entrega exatamente o que promete nos trailers e no material de divulgação. E entrega com sobra.

Muito além de conto de bruxas: política, manipulação e imagem pública

Para quem só quer se divertir, o filme já basta. Contudo, quem olha com mais atenção encontra uma camada a mais. “Wicked Parte 2” vai além da fantasia. O longa fala de manipulação. Além disso, fala de publicidade política. Mostra como narrativas são criadas para servir ao poder.

A construção da imagem das personagens é central. Além disso, a opinião pública é moldada o tempo todo. O público mais atento percebe como esse jogo dialoga com o mundo real. Nada disso é jogado na cara. Ainda assim, está lá, o tempo inteiro, atravessando a jornada das protagonistas.

Críticos pegam pesado com Wicked, mas aliviam para filme meia-boca

Claro que toda obra tem seus “poréns”. Portanto, se alguém quiser esmiuçar cada detalhe, sempre vai achar um ponto para implicar. Alguns críticos fazem disso um esporte. Assim, vão à sessão com régua e lupa. Porém, deixam o prazer de ver um grande filme do lado de fora da sala.

Curioso é que muita gente da crítica costuma aceitar, sem tanto rigor, filme bem meia-boca. Basta vir com o rótulo “alternativo” ou com cara de cinema sério. Aí o discurso muda. Além disso, o peso da análise fica mais leve. Quando é um grande blockbuster popular, como “Wicked Parte 2”, a régua sobe de repente. Parece até medo de admitir que o público está certo.

“Wicked Parte 2” não é perfeito. Ainda assim, é honesto. É grandioso. É emocionante. E, sim, é cinema de massa bem feito. Fingir o contrário só revela um certo preconceito com filme que lota sala e agrada plateia diversa.

Wicked Parte 2 como programa de fim de semana e aposta para o Oscar

Sem spoilers: como dica de filme para o final de semana, funciona muito bem. Quem busca um filme que entretém, que segura a atenção e que justifica cada centavo do ingresso, sairá realizado da sessão. Além disso, é um programa completo. Dá para ir sozinho, com amigos ou em casal. Eu veria de novo sem pensar duas vezes.

Na temporada de premiações, “Wicked Parte 2” deve aparecer com força. As chances são altas em categorias técnicas. Direção de arte, figurino, efeitos visuais e canção original entram no radar. Além disso, não seria absurdo ver alguma indicação de atuação também. O projeto tem cara de Oscar. Tem escala de Oscar. E tem entrega de Oscar.

No fim, “Wicked Parte 2” merece, sim, toda a pompa que tem recebido. É um blockbuster que abraça o público com segurança. É feito para emocionar. E consegue. Se eu tivesse um voto, ele ia direto para esse elenco. Cinthia, se dependesse de mim, o seu nome estaria entre os destaques da temporada.

Para o espectador que quer sair do cinema com a sensação de que viu algo grande, a escolha é simples. Portanto, vá ver “Wicked Parte 2”. Depois, deixe que os críticos sigam explicando por que o filme que faz o público chorar, rir e aplaudir ainda “não é tudo isso”.

Assista ao trailer:

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