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Na década de 1970, as noites de sábado de muitos jovens negros da cidade de São Paulo giravam em torno de um evento: o Chic Show. O baile badalado movimentava o comércio desde as primeiras horas do dia, principalmente, os salões de beleza especializados em cuidar e manter os penteados black power. Em mais de 50 anos de história, o evento se concretizou como um espaço plural, democrático e que enaltece esta parte tão rica da identidade cultural do Brasil. O baile do Viaduto do Chá se transformou em festival e, neste ano, traz no line-up nomes de peso como Lauryn Hill, YG Marley, Mano Brown e Criolo.
Quando o então adolescente Luiz Alberto da Silva, o Luizão, fundou a primeira festa Chic Show, não imaginava o tanto de pessoas que compartilhavam da mesma vontade. Esse formato de baile não era novidade nas noites paulistanas, apesar das antecessoras serem marginalizadas, menores e com infraestrutura precária. O jovem, que preferia gastar o seu tempo com música e discos, transformou as ruas de São Paulo em um lugar de acolhimento e memória da cultura afro-brasileira, em um contexto de Ditadura Militar, nos primeiros anos de 1970.
“O Chic Show representa a transformação social, cultural, política, fashion e do entretenimento para a população preta, que passou a ditar moda e virou tendência no país. O baile esbanjava roupas, cabelos estilosos, músicas que marcaram décadas e uma história de respeito.”, escreveu a produtora do evento.
O baile era famoso por apresentar uma dualidade ímpar: era muito barato e as pessoas que frequentavam pareciam que estavam em uma premiação do Oscar. As mulheres escolhiam os melhores looks das tendências do momento, enquanto os homens caprichavam nos penteados altos e volumosos. Por conta disso também, o Chic Show ganhou notoriedade na vida noturna da cidade, conquistando cada vez mais espaços considerados nobres para o público.
Ainda nos anos iniciais da festa, a migração do pequeno lugar na Barra Funda para o estádio do Palmeiras – até então apenas utilizado pela elite branca – deu ao evento ainda mais representatividade. A virada de chave da conquista atraiu não apenas mais público, mas artistas de renome do cenário nacional. Em pouco tempo de casa, Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, Sandra de Sá e Tim Maia já tinham marcado presença no baile mais badalado de black music.
Em 1979, James Brown foi a primeira atração internacional a subir no palco da festa. Nessa época, a Chic Show atingiu um marco até então nunca visto neste tipo de evento. Mais de 15 mil pessoas frequentavam o baile para curtir o lugar onde podiam extravasar e “serem gente”, como disse uma entrevistada no documentário da Globoplay sobre o assunto. Além dos artistas, os muros e paredes d e São Paulo ganharam um novo visual com os milhares de lambe-lambes do evento.
Dez anos depois de sua estreia, o Chic Show ultrapassou as fronteiras da capital paulista e avançou por outras partes do estado. A expansão permitiu que o baile acontecesse ao mesmo tempo em localidades diferentes, agregando mais público e notoriedade para o evento. Em São Paulo, a edição principal do Chic voltou para a Barra Funda, em um lugar mais espaçoso e com camarotes, com o nome de Clube da Cidade.
Outra novidade chegou na década de 80: a inclusão de novos repertórios. A trilha sonora da noite foi atualizada para o hip hop e o pagode. Foi no baile que alguns grandes nomes deste último gênero foram descobertos, como Katinguelê e Sensação. A mistura do soul music, com o romântico do pagode, pop e o astral do hip hop concedeu à label um programa na rádio na Band FM chamado Black In Love. Luizão segue comandando o programa e a estação até os dias de hoje.
Lauryn Hill é a headliner do festival que vai celebrar os 50 anos de história, tradição e empoderamento black da Chic Show. O super evento vai acontecer no dia 13 de julho, no Allianz Parque. Gigantes da música nacional e internacional também vão se juntar a icônica cantora, como seu filho YG Marley, seu colega de banda Wyclef Jean, Jimmy “Bo” Horne, Mano Brown, Criolo, Rael, Sandra de Sá e os DJs residentes do Chic Show original.
Os ingressos começam a ser vendidos na segunda-feira, 22, no site oficial da Tickets On. Os valores variam entre R$ 100 a R$ 560.
Escrito por Julia Duvoisin
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