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Para Alexandre Carlo, a despedida do Natiruts representa mais do que apenas o fim de uma era, é também o começo da próxima: a carreira solo. Depois de três décadas na estrada como voz e rosto da maior banda de reggae brasileira, o músico planeja vivenciar novas experiências: “Agora, nos meus discos, eu vou ser um artista global, de tudo. Eu posso gravar um pagode, por exemplo. Esses são os desafios que vão me mover daqui pra frente”, revela, em entrevista à Atlântida Floripa.
Para celebrar os 50 anos, o cantor lançou três canções no EP Carlo 50, em 30 de março – dia do seu aniversário. A resposta do público foi tão significativa que a produção passou a simbolizar o início da jornada como solista. Alexandre conta que não esperava tamanha receptividade já que “quem viraliza coisas é a garotada de vinte e poucos anos. Eu não acreditava que ainda estava conectado com isso”. Até a divulgação do último trabalho, a expectativa para os próximos anos era apenas compor para si e para outros artistas, não de voltar aos palcos.
Entretanto, o desejo de se manter na estrada teve que dividir espaço com outro velho conhecido: o cansaço. O brasiliense comenta que a próxima turnê após o fim do Natiruts ainda deve demorar. A prioridade será descansar da rotina incessante de viagens que enfrenta há 30 anos. “Estou cansado da salsicha com ovo mexido no café. Mas o palco uma hora vai rolar. Vou voltar e tentar apresentar essas canções inéditas que eu estou fazendo e, claro, as canções que eu compus nesse trajeto com Natiruts”. A banda cumpre agenda até 2025, com apresentações marcadas em cidades do Brasil e exterior.
“Já caiu a ficha”, compartilha Alexandre, que atravessa o país ao lado de seu companheiro de grupo Luís Maurício pela última vez. De acordo com o vocalista, todo show é dominado por uma atmosfera única e positiva, ainda que, inegavelmente, o clima seja de despedida. A justificativa é simples: maturidade. “A banda está com quase 30 anos de carreira, então, já existe um amadurecimento em torno do que a gente quer. Foi uma decisão muito acertada, tranquila. Não foi brigando”. Rindo, completa: “Acho que, pela primeira vez na história, a culpa não é do vocalista”.
Além da maturidade, Natiruts também construiu um repertório inigualável. A dificuldade, no entanto, foi trazer todas essas canções que marcaram a história da banda para um setlist de duas horas e meia. Apostar naquelas que despertavam a melhor resposta do público durante os shows de outras eras foi a estratégia. Ele relembra que “a gente foi anotando tudo no papel, disco por disco, e foi fazendo um quebra-cabeça”. A ordem do repertório também foi pensada para que os fãs não desanimassem em nenhum momento da festa.
O resultado foi não só uma, como quatro noites de espetáculo lotadas no Allianz Parque, com capacidade para mais de 40 mil pessoas, em São Paulo. “Acho que toda a banda sonha em tocar em estádios. É um sonho inalcançável para 99,9% das bandas nacionais. Então, superou e muito [a nossa expectativa]”, conta. Para ele, essa é a confirmação de um legado que começou a ser construído ainda em 1996.
Quando questionado sobre um possível arrependimento em relação à despedida, Alexandre retruca: “Pelo contrário”. A reação calorosa do público, segundo ele, confirmou que era esse o momento exato de apagar as luzes. Na explicação, usa seu ídolo Pelé como analogia: “ele soube parar na hora certa”. “Foi tricampeão do mundo quando não tinha nem 30 anos e parou. E quando para, ele iconiza ali seu nome como rei do futebol”, ressalta.
Deixa Que o Amor Envolve (part. Nathalia e Marcelo Barbosa), All Your Love (part. Tiano Bless) e Tardes de Verão, foram as primeiras canções da nova fase apresentadas ao público. Compostas e produzidas por Alexandre, as três misturam o já íntimo reggae, bossa nova e elementos latinos. Por influência do filho Pedro Alex (24), o músico adicionou autotune à produção, ferramenta comum no universo do trap e rap, que modula a voz. “Eu botei só um pouquinho e adorei enquanto efeito”, explica. O objetivo era se aproximar também das novas gerações.
Outros gêneros musicais devem ganhar espaço nas próximas produções. Alexandre se diz aberto às possibilidades: “Vou continuar assim. Vou fazer um pagode e vou chamar uns caras que bons que sabem tocar pagode”. Mas o astro não garante que a sonoridade ou a até mesmo a linguagem presente no repertório do Natiruts não voltem a aparecer, afinal, “é o mesmo compositor”. Para ele, “essa passagem de você estar numa banda e sair não é tão traumática porque, no fundo, você vai continuar o que fazia na banda que é compor, chamar uma galera boa, músicos muito bons”.
A banda cruza pela Grande Florianópolis em 11 de agosto (domingo). Com ingressos esgotados, a Arena Opus cedia a última passagem dos brasilienses por Santa Catarina.
Escrito por Mariana Franco
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