Brasil é o país que mais consome música nacional na América Latina; veja dados

Relatório revela expansão global da música com Brasil em destaque
O estudo aponta o Brasil como o quarto maior mercado de streaming no mundo (Foto: Divulgação, Luminate)
O estudo aponta o Brasil como o quarto maior mercado de streaming no mundo (Foto: Divulgação, Luminate)

O relatório de música semestral da Luminate apontou o Brasil como o país que mais consome artistas locais dentro da América Latina, com uma taxa de 74% de volume nacional. O estudo aponta o país como o quarto maior mercado de streaming no mundo, com 195,4 bilhões de streams somando áudio e vídeo. Acima dele, apenas Estados Unidos, Índia e México.

O Brasil fica apenas atrás da Índia em relação ao consumo nacional, no país asiático 78% dos streams vêm de nomes locais. Na América Latina, Bolívia e Peru demonstram abertura para artistas de fora da região (64,5% e 35,8% respectivamente). Já o Brasil consolida figuras nacionais como Alok no ranking global de exportação ao lado de artistas como Bad Bunny, Rosé e Coldplay.

Crescimento do streaming

O relatório mostra uma desaceleração no crescimento global do streaming de áudio. Nos Estados Unidos, o crescimento foi de 5%, e no mundo, de 10%, comparado a 8% e 15% respectivamente em 2024. Apesar disso, o estudo identifica diversas oportunidades para crescimento contínuo na indústria. Gêneros como rock, country e gospel tiveram avanços. O rock liderou em ganho de fatia do mercado, enquanto o gospel passou a ocupar a sétima posição entre os mais ouvidos, puxado por subgêneros como o Christian Hip-Hop.

Brasil em destaque

A Luminate expandiu sua cobertura global para 48 países desde 2022. Atualmente, o consumo musical de mais de 60 países é estudado pela empresa. Os dados brasileiros revelam tendências regionais em comparação com outros mercados em expansão, como o Oriente Médio e a África.

Outras pesquisas também refletem essa tendência no Brasil. Em 2023, o relatório “Engaging with Music 2023” foi produzido pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica, a IFPI. O estudo revelou que os brasileiros ouvem música 24,9 horas por semana, marca superior à média global de 20,7 horas semanais.

Indústria global

O relatório da Luminate aponta tendências que afetam o mundo da música de forma completa. Embora a geração Z europeia mostre crescimento na intenção de frequentar shows, o custo de ingressos aparece como principal barreira nos Estados Unidos e na Europa. No Reino Unido, por exemplo, 39% dos jovens planejam comparecer a festivais nos próximos 12 meses, índice mais alto que nos EUA.

O público feminino aparece como líder de consumo em diversos nichos. 54% dos ouvintes de R&B e 60% dos de música cristã nos Estados Unidos são mulheres.

As trilhas sonoras e os documentários musicais também impactam os números no mundo. O documentário “Becoming Led Zeppelin”, líder em minutos assistidos na Netflix, elevou o streaming global da banda em 23% ao longo de quatro meses.

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*Com informações de Tenho Mais Discos Que Amigos e Mundo da Música