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Na sexta-feira, dia 1º de março, a Grande Florianópolis se transporta para o universo musical do Rei do Rock com o espetáculo “Elvis Experience”, na Arena Opus, em São José. O norte-americano Dean Z, reconhecido como o maior e mais premiado artista de tributo a Elvis Presley no mundo, apresenta o show e promete levar o público aos tempos áureos do músico. O elenco conta também com o guitarrista brasileiro, Heitor Crespo, que acompanha as apresentações. Os ingressos estão disponíveis para compra no site uhuu.com.
Desde os 17 anos, Dean coleciona a admiração dos fãs e prêmios importantes, como o Elvis The Ultimate Tribute Artist Contest, principal competição para imitadores do artista. Já Heitor, trabalha com a família Presley desde 2010. O brasileiro participou, inclusive, da preparação de Austin Butler no filme “Elvis”, indicado ao Oscar em 2023.
Em entrevista exclusiva para a reportagem, os dois expressaram o amor pelo Brasil e a importância de seguir com o legado do Rei do Rock. Confira:
DEAN: Eu amo Elvis desde os meus três anos de idade. A primeira vez que eu o vi, soube que era alguém muito especial. Eu não entendia o porquê, mas sabia. Com o tempo e por eu me apresentar com as suas músicas minha vida toda, percebi que só existe uma pessoa no mundo igual à ele e que nunca mais vai ter. Eu sou muito grato e, até hoje, não sei como tenho tanta sorte, porque eu não me pareço e nem canto necessariamente igual a ele. Ninguém parece. Mas eu sou muito feliz de conseguir exercer esse papel no mundo do rei do rock.
HEITOR: Era uma vontade muito grande. Eu tinha muita inveja, de certa forma, dos músicos que eu toco lá fora porque todos são americanos. Eles estão tocando em casa, então família e amigos da vida vão assistí-los. Eu nunca tinha tido essa oportunidade. Ficou muito na minha cabeça uns anos atrás quando o David Gilmour veio ao Brasil e o saxofonista dele era brasileiro. Teve uma comoção muito grande dos fãs. Eu pensei que eu queria passar por aquilo também. Sempre foi uma vontade enorme minha e eu nunca achei que eu viria para o Brasil com um show tão prestigiado lá fora. Eu sinto como se eu tivesse vivendo um sonho, mas o maior sonho para mim era estar nesse patamar e chegar com um show desse Brasil.
DEAN: Nós cobrimos os 20 anos de carreira do Elvis em mais ou menos duas horas de espetáculo. É algo especial ver a vida musical inteira dele em uma única noite. É uma experiência musical gigantesca. Eu sinto que o próprio Elvis é o protagonista do show, não eu. As pessoas não esperam ver isso, mas é importante materializar ele durante toda a experiência. É quase como se fosse ele lá em cima, não eu. Eu sou uma sombra. Eu gosto disso. Eu quero que as pessoas experimentem a sua presença no ambiente. É uma festa do Elvis. Uma experiência coletiva.
HEITOR: A diferença é enorme. O público brasileiro se movimenta muito mais através da música. Parece que o mundo artístico afeta mais a sensibilidade do brasileiro. No geral, é muito mais intenso do que qualquer outro país que eu já visitei. A gente se empenha muito no palco para tentar emocionar a plateia. Percebo que no Brasil, de certa forma, é mais fácil atingir isso. Eles estão mais abertos a passar por esse tipo de emoção. Lá fora, a gente tem que trabalhar muito mais para atingir esse resultado. Nem se compara ao Brasil.
DEAN: Eu amo o Elvis. Eu quero manter a música dele viva. Quero dar ao público jovem o sentimento de como era tê-lo entre nós. Eu também quero transmitir novamente a sensação para as pessoas que vivenciaram isso naquela época. Eu amo os momentos em que a vó de alguém vem ao show e vai embora se sentindo vinte anos mais nova porque viveu algo que costumava amar. Eles saem muito mais energizados do que quando entraram. Eu amo ver os anos derreterem quando eles revivem essa juventude. Eu não acho que ele precise da minha ajuda para manter o legado vivo, mas eu amo ser uma parte de tudo isso. É realmente muito importante para mim espalhar esse amor por tantas gerações.
Escrito por Julia Duvoisin
todaysetembro 23, 2024 1
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