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No aniversário de 30 anos da morte de Kurt Cobain, a filha do cantor, Frances Bean Cobain, homenageou a data com uma publicação nas redes sociais carregada de emoção e saudades. Além de compartilhar as últimas fotos que tirou com o pai, a artista revelou sentimentos e histórias nunca antes contadas. “Eu gostaria de ter conhecido meu pai. Gostaria de saber a cadência de sua voz, como ele gostava do seu café ou a forma que ele me colocaria na cama com uma história de dormir”, disse.
No dia cinco de abril de 1997, o mundo acordou com a notícia chocante de que Kurt Cobain havia falecido, aos 27 anos. Mesmo com uma trajetória curta, Kurt revolucionou o Rock N’ Roll no comando do Nirvana – ao lado de Dave Grohl e Krist Novoselic -, especialmente a cena grunge dos anos 90. Até hoje, o cantor e guitarrista serve de inspiração para gigantes da música. Jay-Z, Kendrick Lamar e Post Malone foram alguns dos vários nomes que já fizeram declarações sobre a inspiração do ídolo em seus trabalhos e vidas pessoais.
Frances Bean tinha um ano de idade quando o pai morreu. Hoje, com 31, aprendeu a viver com o legado e a imagem de um Kurt que não teve a oportunidade de conhecer. Um ano antes da filha nascer, o guitarrista lhe escreveu uma carta. Na última linha, prometeu à menina que em qualquer lugar que ele ou ela estivessem, sempre estariam juntos.
“Ele cumpriu a sua promessa porque ele é presente em diversos sentidos. Seja ouvindo uma de suas músicas ou através da mão que compartilhamos, nesses momentos eu consigo passar um pouco de tempo com o meu pai e sentir que ele é transcendente.”, escreveu Frances na postagem do Instagram.
Além das saudades, Bean deixou claro que o luto a marcou profundamente enquanto indivíduo. O processo da perda foi uma companhia permanente em sua vida, se transformando a cada ano em algo diferente. “A lição mais importante que eu aprendi em ter vivido com o luto desde que sou consciente é que ele serve à um propósito.”, falou.
Para ela, a dualidade da vida e da morte, da dor e da alegria, do yin e do yang, precisam existir um do lado do outro. De outra forma, nada faria sentido.
“É a natureza impermanente da existência humana que nos lança nas profundezas de nossas vidas mais autênticas. Acontece que não há maior motivação para a consciência amorosa do que saber que tudo acaba”, continuou.
Frances ainda falou sobre as preferências do pai. Na data que marca os 30 anos da morte, um dos questionamentos que a filha mais tem é se o cheiro de Kurt era uma mistura do cigarro Camel Lights e Nesquik de morango, como tanto já contaram à ela. Leia na íntegra em inglês aqui.
Escrito por Julia Duvoisin
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