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Falou de reggae brasileiro, falou de Armandinho, certo? Talvez não… Isso porque, em uma entrevista exclusiva para a Atlântida Santa Catarina, o artista, maior nome do reggae do sul do país, afirmou sentir que pode já ter dito tudo que queria no reggae.
Eu tava vendo uma entrevista com o Natiruts que o Alexandre Carlo disse que talvez já tenha escrito tudo sobre reggae e que ele não tem mais o que falar. E, realmente, às vezes eu passo por esse problema também de sentir que talvez eu já tenha escrito quase tudo, então eu acho que a veia do rock ela abre um novo caminho, né?
Mas esse gosto pelo rock não é novidade para Armando! Segundo o cantor de ‘Desenho de Deus‘, o rock sempre esteve na sua veia artística, justamente por ser do Sul. Para ele, Porto Alegre, por ser uma cidade muito fria, combina diretamente com o rock. Além disso, após tantos sucessos no reggae, o artista sente que tem a liberdade para poder lançar um rock, um reggae ou um samba rock quando quiser.
Eu tenho muita influência do Paralamas do Sucesso, que foi uma banda que pintou como reggae que depois abriu para o rock, assim como o Skank, que também foi uma banda que pintou como reggae e depois abriu para outros caminhos. Eu acho que o meu trabalho é assim. É reggae, mas também é rock, é pop, é MPB.
A música que é a nova aposta de Armando como single já estava pronta há anos, mas nunca tinha sido lançada oficialmente. Mas, foi em um encontro com Mister Pi no camarim de seu show em Florianópolis que ele decidiu que investiria na produção.
Eu apresentei a balada e ele se amarrou. Depois, eu falei com o Porã e ele disse que foi pra casa ouvindo ‘Mexicana’ e já tava viciado e queria lançar com exclusividade na Atlântida, e é claro que eu topei.
Mas por que o nome ‘Mexicana’? A música fala sobre quebrar a garrafa de vidro, deslizar de mansinho, ouvir o gemidinho, devolver nossa relação… Seria obviamente uma mulher, certo? Não! Isso porque Armandinho afirmou que o nome da música é por conta de uma guitarra!
A música foi escrita após uma época delicada da vida de Armandinho. Como muitos artistas, Armando viveu o vício pelas drogas pesadas em um período dos anos 90. E, como consequência, o vício o afastou de diversas parcelas essenciais da sua vida. Entre elas, a guitarra.
Eu tinha uma guitarra mexicana stratocaster uma “abstrato coração”, como fala na música, e eu não fiz a música propriamente para uma mulher. Eu fiz a música para minha guitarra, que foi um instrumento em que eu abandonei nessa época em que eu deixei de tocar. Eu retomei a relação com essa guitarra depois de me curar, então eu compus essa música chamada Mexicana.
A música com uma pegada de rock teve lançamento depois de muito tempo do seu desenvolvimento, justamente por não ser o reggae característico de Armando. Mas, segundo o artista, músicas como “Ainda Gosto de Você” também não são um reggae, mas sim uma balada romântica.
Eu acho que’ ‘Mexicana’ também pode ter um espaço no show, principalmente porque é uma música bem acústica, é uma música que combina com várias outras do meu repertório. Apesar de não ser um reggae, eu acho que a mexicana pode entrar num espaço muito especial do show e, porque é uma música emocionante, autoral e que tem a ver com a história da minha vida.
O último álbum de Armandinho foi lançado em 2013, há 11 anos. ‘Sol Loiro’ navegou pelo reggae, com marcas de folk, grunge, black music e rock. Mas, desde então, Armandinho lançou apenas singles. Entre eles, estão ‘Amor Vem Cá‘, ‘Eu Gosto Dela‘ e diversos outras produções. E é justamente esses singles “desgarrados” que devem estar no próximo álbum de Armandinho.
Eu tô afim de reunir todas essas músicas juntas e lançar um álbum de músicas semi-inéditas, que foram músicas que tocaram muito, mas que nunca tiveram um lançamento oficial junto com outras músicas dentro de um álbum. Eu acho que um álbum é muito importante porque a gente mostra uma fase, com uma música interligada com a outra e a gente pode passar exatamente essa fase que a gente tá passando na nossa carreira.
Ao ser questionado sobre músicas inéditas, Armandinho diz não sentir que há espaço para novos hits, tanto no coração dos fãs quanto no repertório dos shows.
Eu acho que eu tenho um repertório que é intocável. Eu não tenho como fazer um show sem tocar as mesmas músicas, né? Porque os sucessos são absolutos, eu não tenho como deixar de fora nessa uma hora e meia de show, entendeu? Às vezes eu até passo no tempo, por conta de ter que tocar todas as músicas.
O sonho de todo manezinho é ver o Dazaranha tocando com todos os artistas grandes desse mundão. Mas, será que com o Armandinho vai rolar? Ao ser questionado sobre a possibilidade de um featuring de Armandinho com a banda manezinha, o artista afirmou que ficaria muito feliz com a possibilidade.
Teve uma vez que eu e o Moriel [vocalista do Dazaranha] estávamos na Indonésia e a gente foi assar um peixe numa ilha. Não tinha ninguém na ilha, era um lugar totalmente isolado. Aí eu saí em um barco para pegar o peixe e ele em outro barco. Depois de buscarmos o nosso almoço, quando eu tava voltando pra ilha, eu escutei o Moriel cantando: ‘Dia lindo, ô… Dia lindo a gente faz’.
Esse momento ficou em sua mente por anos. Até que, nos últimos dias, Armandinho encontrou Moriel Costa na Praia Brava, em Itajaí, e lembrou da música.
Eu falei pra ele: ‘Cara, eu gostaria muito de regravar essa música contigo. Então, eu acho que essa parceria também deve entrar no projeto desse ano. Dazaranha e Armandinho é um encontro fantástico que já tem muitos anos.
No DVD de comemoração de 25 anos de Dazaranha, gravado no Teatro Ademir Rosa, o CIC, em Florianópolis, Armandinho fez uma participação especial, cantando ‘Salão de Festa a Vapor’. Mas, para Armandinho, esse é só o começo da parceria com a banda da Ilha de Santa Catarina.
Escrito por Marina Soares
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