Blumenau

Lari Listas: 5 discos nacionais para ouvir ainda em 2023

todaynovembro 25, 2023

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Conforme viramos a curva para acessar a reta final de ano, começam a pipocar listas de melhores discos, filmes e lançamentos de 2023. E aqui estou eu já com a roupa de ir, pronta para embarcar nessa viagem e listar cinco discos de artistas brasileiros que não saíram dos meus ouvidos neste ano e que acredito que você deve dar o play também antes de 2024 chegar.

Fonte: Divulgação

 

Pitty – Admirável Chip Novo (reativado)

Comemorando os 20 anos de lançamento de seu álbum de estreia, Pitty chamou diversas estrelas da música brasileira e os desafiou a fazer releituras de cada faixa. O resultado? Um disco de ótimas surpresas, vibrante, com versões divertidas e chiquérrimas deste clássico dos anos 2000.

Impossível não ouvir e pensar na importância de Admirável Chip Novo para a geração Millennial – como cada faixa fez parte de momentos específicos da nossa adolescência – e como o cenário musical de hoje é bem mais diverso e interessante do que sonhava a nossa imaginação.

O rock vive e se mistura muito bem com a MPB, o rap, o funk e até a pisadinha. São 11 artistas convidados, entre Planet Hemp, Emicida, Ney Matogrosso, Sandy, Pabllo Vittar, Criolo e outros. Amo demais a versão de “Equalize”, da Pabllo, que começa num reggaezinho gostoso até virar um batidão tropical, e a própria Admirável Chip Novo, com Planet Hemp trazendo ainda mais peso à letra e melodia. Ouça aqui.

FBC – O AMOR, O PERDÃO E A TECNOLOGIA IRÃO NOS LEVAR PARA OUTRO PLANETA
(fonte: divulgação)

 

FBC – O AMOR, O PERDÃO E A TECNOLOGIA IRÃO NOS LEVAR PARA OUTRO PLANETA

O rapper mineiro, que foi uma das principais atrações do Arvo Festival em Floripa no mês passado, lançou neste ano um baita disco, dançante, lisérgico e ao mesmo tempo cheio de reflexões sobre as relações humanas e o futuro da humanidade em tempos de redes sociais e emergências climáticas.

Uma mistura de rap com disco music e eletrônico interessantíssima. Em entrevistas, FBC disse que se inspirou muito no estilo de composição de Jorge Ben Jor para trazer letras provocativas e ainda assim, bem humoradas.

“Estou compartilhando o meu mundo e as minhas visões em busca de encontrar pares para multiplicarmos o bem. Este é o melhor trabalho da minha vida,” disse o artista na época do lançamento do disco.

Meu top 3 do disco são: “Químico Amor”, “Estante de Livros” e “Atmosfera”. Ouça aqui.

Iza – Afrodhit
(fonte: divulgação)

 

Iza – Afrodhit

Esse é o disco que toda mulher que ouvir vai entender o sentimento. Em “Afrodhit”, Iza traz brasilidade, toques de RnB e bebe na fonte do afrofuturismo em letras que mesclam aquele sentimento amargo de quem vive o fim de um relacionamento com a redescoberta do amor e do prazer.

É um disco forte, bonito, raivoso e, ao mesmo tempo, apaixonado em muitos momentos. E a gente achando que Shakira e Miley Cyrus já tinham feito músicas fortes o bastante para falar sobre a libertação e a dor que se sente pós-divórcio.  Ouça aqui.

Marcelo D2 – Iboru (fonte: divulgação)

 

Marcelo D2 – Iboru

Iboru é o disco que a gente queria mas não sabia que precisava. Marcelo D2 fez um álbum de samba com rap (e não mais de rap com samba), encontrou a batida perfeita e o resultado é uma delícia de se ouvir – e digo com propriedade porque ouço praticamente todos os dias.

É um disco sobre ancestralidade, família, esperança no futuro, festa, samba, negritude. Fiz várias pessoas viciarem nele também. Minhas preferidas aqui são “Fonte que eu bebo”, “Deixa Clarear” e “O Samba falará mais alto”. Ouça aqui.

Rubel – As Palavras vol. 1 e 2 (fonte: divulgação)

 

Rubel – As palavras vol. 1 e 2

O que me chama a atenção neste disco é que Rubel aparentemente não teve medo de experimentar e de testar combinações com diferentes artistas e ritmos. Tem de tudo em “As Palavras”: funk proibidão, samba, letras chiques inspiradas em hit literário nacional, bossa nova, pop.

Cheguei no disco ouvindo “Grão de Areia”, com feat de Xande de Pilares e uma letra com versos de derreter corações como “Pra eu saber/ Que a tua pele me atravessa a alma/ Eu nem preciso que você se deixe aqui/ Te vejo até na solidão”. Ouça o disco aqui.

E aí, já ouviu algum desses discos? Quais sons nacionais não saíram dos seus ouvidos em 2023?

 

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Escrito por Larissa Guerra

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