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Não, isto não é uma aula sobre música ou uma lição do tipo “vocês jovens não sabem o que é música boa de verdade”. Defendo muito que boas canções existem em todos os anos e há uma infinidade de artistas novos lançando coisas maravilhosas por aí.
Mas eis que a estagiária da rádio (ah, a Geração Z) pediu que eu fizesse uma lista com 5 discos que jovens com menos de 25 anos deveriam conhecer e me peguei pensando muito a respeito. O pedido veio porque sou uma old Millennial? A vida da comunicadora 30+ tem dessas.
Algumas obras específicas vieram à minha mente:
Alanis tinha 21 anos quando lançou este discaço de rock. Com letras que falavam sobre decepções amorosas e questões de uma mulher no começo da vida adulta, Jagged… É até hoje uma obra-prima que não perde seu tom contemporâneo. Amo que o termo “friends with benefits” (amigos com benefícios, quem nunca teve um?) apareceu pela primeira vez na letra de “Head over feet”. Eu era adolescente quando achei esse CD nas coisas de uma tia. Peguei emprestado e nunca mais devolvi.
Escolhi esse disco porque foi um dos que mais ouvi quando eu tinha 25 anos, minha trilha sonora oficial de viagens quando o sinal da rádio deixava de pegar no carro. Adorava a mistura de elementos de rock e country do Kings of Leon, banda que virou hit nas baladas que eu frequentava no final dos anos 2000 com “Sex on fire”.
Um dos melhores e mais geniais discos de rap da história, uma carta de amor ao hip hop e ao R&B, um disco que é perfeito do começo ao fim. Impecável. E lançado quando Lauryn Hill tinha apenas 23 anos e um filho de um ano, Zion. Foi a primeira obra de hip hop a ganhar o prêmio de Álbum do Ano no Grammy (de 1999). A única tristeza que tenho quando penso nesse disco é saber que a cantora, decepcionada com a indústria da música, nunca mais lançou nenhuma obra de estúdio.
Escolhi esse disco especialmente para os representantes da geração Z que acham que a vida depois dos 30 é sem graça. Spoiler: não é (e melhora muito, inclusive). Uma das mulheres mais icônicas do rock, Debbie Harry tinha 33 anos quando o Blondie lançou Parallel Lines, um álbum cheio de hits, que é punk/glam/disco/pop. O estilo de Debbie é até hoje referência para muitas outras artistas. Impossível não se empolgar e sair dançando ouvindo “Hanging on the telephone”, “One way or another” e “Heart of glass”. Impossível.
Eu quero acreditar que a galera -25 tem ao menos uma ideia do quanto o Daft Punk foi genial e o quanto suas músicas mudaram os rumos da música eletrônica, do pop e influenciam músicos do mundo inteiro até hoje. Random Access Memories é o último disco da dupla e completou 10 anos em 2023 sem envelhecer absolutamente nada. As parcerias com Pharrell Williams em Get Lucky e Lose Yourself To Dance ajudaram a popularizar ainda mais o duo, que encerrou as atividades em 2021 depois de quase 30 anos de carreira.
E aí, quais outros discos você incluiria em uma lista para a geração Z conhecer e curtir?
Escrito por Larissa Guerra
alanis morissete blondie daft punk kings of leon lauryn hill
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